Os críticos de música do Diário de Notícias consideraram 1970, de JP Simões, o melhor disco nacional lançado em Janeiro. A distinção premiou ex aequoNão Sou Daqui, de Amélia Muge.
Como havia prometido aqui há uns mesitos atrás lá comprei na passada semana o novo registo discográfico aqui do nosso caro amigo JP Simões. Quanto mais não seja para o ajudar a pagar a renda da casa... ehehehehe.
Como saudosista que sou continuo a preferir o JP versão BCH, uma banda da qual tenho muitas saudades e sobre a qual ainda deposito uma grande esperança de que um dia possa voltar aos palcos e a novos (e grandes) albuns. Enquanto isso não acontece acompanho a carreira a solo dos seus membros, em especial a do JP, o mais mediático por estes tempos, por assim dizer. Em relação ao 1970 vou ser sincero, não me encheu totalmente as medidas. A razão é muito simples, está mesmo muito abrasileirado, há lá muito samba, e a música brasileira não é de facto a minha "onda", muito pelo contrário. Mesmo assim, e dentro desse registo abrasileirado, acho que o JP fez um excelente trabalho, tenho de o admitir, embora não seja um album pelo qual eu morra de amores. No entanto, saliento o tema "Werther" como muito bom, fez-me lembrar por momentos a "October", uma fantástica obra de arte musical dos U2, inserida no album com o mesmo nome, ou seja, "October".
Não partilho dessa visão sobre o som brasileiro de 1970. Nas primeiras audições, também eu fiquei suspenso e cheguei mesmo a pensar: o gajo passou-se, até canta com sotaque.
Mas escutas mais atentas fizeram-me perceber que não há sotaque nenhum e que o próprio som apenas é brasileiro à superfície. Ouvindo o álbum várias vezes e com atenção desfiz essa primeira impressão. Então se escutarmos as canções e se lermos as letras em simultâneo percebemos que é um disco bem português. Luso-samba, como lhe chamou JP Simões, é mesmo a melhor definição: é muito português mas tem um tempero abrasileirado. Mas um tempero não demasiado condimentado.
2 comentários:
Como havia prometido aqui há uns mesitos atrás lá comprei na passada semana o novo registo discográfico aqui do nosso caro amigo JP Simões. Quanto mais não seja para o ajudar a pagar a renda da casa... ehehehehe.
Como saudosista que sou continuo a preferir o JP versão BCH, uma banda da qual tenho muitas saudades e sobre a qual ainda deposito uma grande esperança de que um dia possa voltar aos palcos e a novos (e grandes) albuns.
Enquanto isso não acontece acompanho a carreira a solo dos seus membros, em especial a do JP, o mais mediático por estes tempos, por assim dizer.
Em relação ao 1970 vou ser sincero, não me encheu totalmente as medidas. A razão é muito simples, está mesmo muito abrasileirado, há lá muito samba, e a música brasileira não é de facto a minha "onda", muito pelo contrário.
Mesmo assim, e dentro desse registo abrasileirado, acho que o JP fez um excelente trabalho, tenho de o admitir, embora não seja um album pelo qual eu morra de amores.
No entanto, saliento o tema "Werther" como muito bom, fez-me lembrar por momentos a "October", uma fantástica obra de arte musical dos U2, inserida no album com o mesmo nome, ou seja, "October".
Não partilho dessa visão sobre o som brasileiro de 1970. Nas primeiras audições, também eu fiquei suspenso e cheguei mesmo a pensar: o gajo passou-se, até canta com sotaque.
Mas escutas mais atentas fizeram-me perceber que não há sotaque nenhum e que o próprio som apenas é brasileiro à superfície. Ouvindo o álbum várias vezes e com atenção desfiz essa primeira impressão. Então se escutarmos as canções e se lermos as letras em simultâneo percebemos que é um disco bem português. Luso-samba, como lhe chamou JP Simões, é mesmo a melhor definição: é muito português mas tem um tempero abrasileirado. Mas um tempero não demasiado condimentado.
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