29 dezembro 2006
Entrevista na Rádio Radar
A Rádio Radar retransmite amanhã, às 12h00 - audível na internet -, a entrevista que JP Simões deu a Inês Meneses no Verão passado. O programa repete domingo, às 19h00.
Melhor disco de 2006 não editado em 2006
O suplemento Y, do diário Público, elegeu 1970 o melhor álbum de 2006 não editado em 2006.
As escolhas de JP Simões
Em resposta a um questionário da revista Blitz, JP Simões revelou quais as suas escolhas musicais do momento:
As Atrizes, Chico Buarque
Goodbye Pork Pie Hat, Charles Mingus
Não Deixes de Querer Fugir, Nuno Prata
Laura, Charlie Parker
Trailer Park Ghost, Brad Mehldau
Infant Eyes, Wayne Shorter
Painter, Silent Poets
Trouble Man, Marvin Gaye
Às Vezes o Amor, Sérgio Godinho
Meu Juramento, Márcio Faraco
As Atrizes, Chico Buarque
Goodbye Pork Pie Hat, Charles Mingus
Não Deixes de Querer Fugir, Nuno Prata
Laura, Charlie Parker
Trailer Park Ghost, Brad Mehldau
Infant Eyes, Wayne Shorter
Painter, Silent Poets
Trouble Man, Marvin Gaye
Às Vezes o Amor, Sérgio Godinho
Meu Juramento, Márcio Faraco
24 dezembro 2006
Apresentação de 1970 na Imprensa (2)
O bom malandro descobriu a tristeza
Esqueçam a pose festiva, as letras a roçar a insolência e a atitude própria de um 'bom malandro' que não se furta a qualquer experiência capaz de contribuir para a fruição de um hedonismo pleno. O 'novo' J. P. Simões é uma versão enegrecida do 'entertainer' que, há quase uma década, agitou a lassidão característica do meio musical lusitano, com um punhado de canções de fácil audição (e esquecimento idêntico, reconheça-se).
É certo que as larachas - algumas de gosto duvidoso... - e uma vontade para lá do razoável de encetar diálogo com a assistência indicam que ainda há um longo caminho a percorrer até que esteja concluído esse processo de libertação total da imagem que se lhe colou. Valha a verdade também que o público - em parte ainda refém dos tempos de sã inconsciência dos Belle Chase Hotel - em nada facilita a emancipação que Simões se esforça por fazer. Ao mínimo comentário, por mais desprovido de graça que seja, vários espectadores soltam sonoras gargalhadas, como se estivessem num espectáculo de 'stand up comedy' e não no concerto daquele que se arrisca a ser o mais sério candidato ao título de "português mais brasileiro de sempre", tamanha é a influência da música do lado de lá do Atlântico em tudo o que faz.
Na segunda apresentação ao vivo do disco de estreia a solo - "1970", com edição prevista para 15 de Janeiro -, saltou à evidência a necessidade urgente de 'rodagem' do mesmo. As canções ainda soam demasiado idênticas e sem autonomia, herdeiras de uma mesma raiz sonora - com Chico Buarque e João Gilberto à cabeça -, que, pese embora a inegável eficácia, acabam por tornar-se demasiado indolentes, sobretudo quando escutadas de forma quase ininterrupta.
A ausência do efeito surpresa não significou uma má prestação de J. P. Simões. Pelo contrário. A maturidade musical do ex-vocalista do Quinteto Tati é por de mais evidente e temas como o homónimo "1970", "Inquietação" - a partir de uma composição de José Mário Branco - ou "Capitão Simão" são particularmente promissores. Uma transposição mais eficaz para o palco do conceito subjacente ao disco deverá fazer o resto.
Sérgio Almeida, Jornal de Notícias
Esqueçam a pose festiva, as letras a roçar a insolência e a atitude própria de um 'bom malandro' que não se furta a qualquer experiência capaz de contribuir para a fruição de um hedonismo pleno. O 'novo' J. P. Simões é uma versão enegrecida do 'entertainer' que, há quase uma década, agitou a lassidão característica do meio musical lusitano, com um punhado de canções de fácil audição (e esquecimento idêntico, reconheça-se).
É certo que as larachas - algumas de gosto duvidoso... - e uma vontade para lá do razoável de encetar diálogo com a assistência indicam que ainda há um longo caminho a percorrer até que esteja concluído esse processo de libertação total da imagem que se lhe colou. Valha a verdade também que o público - em parte ainda refém dos tempos de sã inconsciência dos Belle Chase Hotel - em nada facilita a emancipação que Simões se esforça por fazer. Ao mínimo comentário, por mais desprovido de graça que seja, vários espectadores soltam sonoras gargalhadas, como se estivessem num espectáculo de 'stand up comedy' e não no concerto daquele que se arrisca a ser o mais sério candidato ao título de "português mais brasileiro de sempre", tamanha é a influência da música do lado de lá do Atlântico em tudo o que faz.
Na segunda apresentação ao vivo do disco de estreia a solo - "1970", com edição prevista para 15 de Janeiro -, saltou à evidência a necessidade urgente de 'rodagem' do mesmo. As canções ainda soam demasiado idênticas e sem autonomia, herdeiras de uma mesma raiz sonora - com Chico Buarque e João Gilberto à cabeça -, que, pese embora a inegável eficácia, acabam por tornar-se demasiado indolentes, sobretudo quando escutadas de forma quase ininterrupta.
A ausência do efeito surpresa não significou uma má prestação de J. P. Simões. Pelo contrário. A maturidade musical do ex-vocalista do Quinteto Tati é por de mais evidente e temas como o homónimo "1970", "Inquietação" - a partir de uma composição de José Mário Branco - ou "Capitão Simão" são particularmente promissores. Uma transposição mais eficaz para o palco do conceito subjacente ao disco deverá fazer o resto.
Sérgio Almeida, Jornal de Notícias
Apresentação de 1970 na Imprensa (3)
JP Simões apresentou «1970» no Teatro Passos Manuel
Samba à portuguesa
JP Simões apresentou anteontem, no Teatro Passos Manuel, o seu primeiro álbum a solo, «1970», um disco de sabor brasileiro que chega aos escaparates em meados de Janeiro.
Oriundo de Coimbra, JP Simões dá em «1970» início a uma nova etapa no seu percurso musical, enveredando por uma carreira a solo, depois de ter passado, como guitarrista, pelos Pop Dell’Arte e ter sido mentor dos projectos Belle Chase Hotel e Quinteto Tati.
Anteontem à noite, no Teatro Passos Manuel, o músico não se limitou a apresentar o seu novo trabalho, tocando ainda temas de uma outra criação sua, «Ópera do Falhado». O espectáculo começou precisamente com dois “luso-sambas”, como o próprio os apelidou, extraídos da «Ópera…»: «Lenda do homem pássaro» e «Só mais um samba», seguindo-se um tema sobre… futebol, «Canção do jovem cão».
E ao quarto tema JP Simões, que em palco foi acompanhado por quatro músicos – Sérgio Costa (teclados e flauta), Rui Alves (bateria e coros), João Batista (baixo) e Tomás Pimentel (fliscorne e teclados) –, ofereceu ao público portuense os primeiros temas de «1970»: «O vestido vermelho» e «Lili & o americano».
«Flores horizontais» fechou um conjunto de três canções no feminino, seguindo-se sete temas do novel álbum, apenas entremeadas pelo «Volto já».
JP Simões introduzia todos os temas com piadas a propósito, esgrimindo com o público o seu humor corrosivo e desconcertante. «Fábula bêbada», «1970», «Micamo», «Inquietação» (um original de José Mário Branco), «Capitão Simão» e «Trovador entrevado» fecharam a apresentação do registo com que JP Simões se estreia a solo. «Canção da carne crua» e «Gota d’água», de Chico Buarque, foram os temas com que os músicos se despediram do público, que ocupava meia sala do Passos Manuel.
De regresso ao palco, JP Simões interpretou mais duas canções – «Canção dos animais» e «Música popular» –, dando por terminado um concerto entre o intimista e o «stand up comedy». No ouvido fica a magnífica fusão da Língua Portuguesa, sem sabor brasileiro, com o samba e a bossa nova, marcada pela voz forte e muito peculiar de JP Simões, num registo pouco habitual e que soa diferente e… bem.
Pedro Vasco Oliveira, O Primeiro de Janeiro
Samba à portuguesa
JP Simões apresentou anteontem, no Teatro Passos Manuel, o seu primeiro álbum a solo, «1970», um disco de sabor brasileiro que chega aos escaparates em meados de Janeiro.
Oriundo de Coimbra, JP Simões dá em «1970» início a uma nova etapa no seu percurso musical, enveredando por uma carreira a solo, depois de ter passado, como guitarrista, pelos Pop Dell’Arte e ter sido mentor dos projectos Belle Chase Hotel e Quinteto Tati.
Anteontem à noite, no Teatro Passos Manuel, o músico não se limitou a apresentar o seu novo trabalho, tocando ainda temas de uma outra criação sua, «Ópera do Falhado». O espectáculo começou precisamente com dois “luso-sambas”, como o próprio os apelidou, extraídos da «Ópera…»: «Lenda do homem pássaro» e «Só mais um samba», seguindo-se um tema sobre… futebol, «Canção do jovem cão».
E ao quarto tema JP Simões, que em palco foi acompanhado por quatro músicos – Sérgio Costa (teclados e flauta), Rui Alves (bateria e coros), João Batista (baixo) e Tomás Pimentel (fliscorne e teclados) –, ofereceu ao público portuense os primeiros temas de «1970»: «O vestido vermelho» e «Lili & o americano».
«Flores horizontais» fechou um conjunto de três canções no feminino, seguindo-se sete temas do novel álbum, apenas entremeadas pelo «Volto já».
JP Simões introduzia todos os temas com piadas a propósito, esgrimindo com o público o seu humor corrosivo e desconcertante. «Fábula bêbada», «1970», «Micamo», «Inquietação» (um original de José Mário Branco), «Capitão Simão» e «Trovador entrevado» fecharam a apresentação do registo com que JP Simões se estreia a solo. «Canção da carne crua» e «Gota d’água», de Chico Buarque, foram os temas com que os músicos se despediram do público, que ocupava meia sala do Passos Manuel.
De regresso ao palco, JP Simões interpretou mais duas canções – «Canção dos animais» e «Música popular» –, dando por terminado um concerto entre o intimista e o «stand up comedy». No ouvido fica a magnífica fusão da Língua Portuguesa, sem sabor brasileiro, com o samba e a bossa nova, marcada pela voz forte e muito peculiar de JP Simões, num registo pouco habitual e que soa diferente e… bem.
Pedro Vasco Oliveira, O Primeiro de Janeiro
Apresentação de 1970 na blogosfera
A blogosfera não ficou indiferente à apresentação ao vivo de 1970, primeiro disco de originais em nome próprio de JP Simões. Aqui ficam algumas ligações para textos sobre os concertos de Lisboa, Porto e Coimbra:
Artes; Culto do Império; Fusco-Lusco; Grandes Sons; Largo da Botica; Mancha do Blog; Qualquer Coisa.
Artes; Culto do Império; Fusco-Lusco; Grandes Sons; Largo da Botica; Mancha do Blog; Qualquer Coisa.
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